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O ESTADÃO - Com julgamento marcado para esta terça dia 06 de março, Bolsonaro convoca ato de desespero diante possível prisão
Na capital paulista, no entanto, Bolsonaro pretende reunir apoio ao pedido de anistia, junto ao Parlamento. A mensagem, no entanto, ocorre diante a expectativa de que ele se torne réu no julgamento marcado para o dia 26 de março.
Por CIDADE FM 91,1 Mhz - GRAJAÚ MA
Publicado em 23/03/2025 15:12
NOTÍCIA

Por Redação – de São Paulo

Suspeito de liderar o golpe fracassado em 8 de Janeiro e alvo de um julgamento que se inicia nesta terça-feira com o poder de torná-lo réu diante o Supremo Tribunal Federal (STF).

O ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL), em uma noite de insônia, convocou nesta madrugada em suas redes sociais, um ato político na Avenida Paulista, para o dia 6 de abril. 

O último, na Avenida Atlântica, em Copacabana – Zona Sul do Rio de Janeiro – no domingo passado, foi um fiasco de público com um publico de 18 mil pessoas extima-se.

Linki do convite da paulista.

https://www.instagram.com/reel/DHeGoDXRNZ3/

Na capital paulista, no entanto, o suspeito pretende reunir apoio ao pedido de anistia, junto ao Parlamento.

A mensagem, no entanto, ocorre diante a expectativa de que ele se torne réu no julgamento marcado para o dia 26 de março.próximo 

Bolsonaro é acusado de liderar a trama golpista que tentou subverter a ordem constitucional e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na mensagem publicada às altas horas, Bolsonaro afirma que “o que está acontecendo em nosso país é inaceitável e precisa chegar ao fim” e acusa o ministro Alexandre de Moraes, do STF, de “ultrapassar todos os limites”.

Vítimas

“Em nome da vingança política, pessoas humildes estão sendo massacradas e humilhadas pelo Estado brasileiro.

É chegada a hora de dar um basta nisso e trazer paz para o nosso país com a anistia”, escreveu.

Ao longo do texto, Bolsonaro não menciona diretamente os ataques às sedes dos Três Poderes, mas trata os manifestantes já condenados por atos golpistas como vítimas de um Estado “persecutório”.

A convocação do ato ocorre num momento de crescente pressão judicial sobre o ex-mandatário, que é alvo de múltiplas investigações, incluindo a que apura a liderança de Bolsonaro e outros envolvidos no golpe de Estado, revelada pela Polícia Federal (PF), em fevereiro.

Segundo o inquérito em curso, Bolsonaro teria liderado um grupo que planejou manter-se no poder mesmo após a derrota eleitoral, por meio de medidas como um decreto de estado de sítio baseado em falsas denúncias de fraude nas urnas.

Na publicação, Bolsonaro afirma que “a pauta da anistia está avançando no Congresso com o apoio crescente de parlamentares e partidos”, mas que agora “a bola está com a gente”.

 

Ele convoca os apoiadores a “mostrar para aqueles que ainda estão indecisos que essa pauta é urgente e reflete a vontade da maioria dos brasileiros”.

Ao convocar o ato, movido pelo medo de passar um longo tempo na cadeia, Bolsonaro usa a estratégia de tensionamento institucional, aplicado de forma recorrente ao longo de sua trajetória política.

 

O momento atual, no entanto, encontra-se no contexto de um avanço significativo das investigações e possível responsabilização penal.

 

Julgamento

A partir das 9h30 desta terça-feira, o STF inicia o julgamento que poderá transformar Bolsonaro e sete de seus aliados em réus por crimes relacionados ao golpe de Estado fracassado no 8/1.

 

Um esquema especial foi preparado pela Corte para enfrentar a gravidade do caso, considerado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) uma das mais graves ameaças já feitas ao Estado democrático de direito no país desde a redemocratização.

 

O processo será julgado pela Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Eles decidirão se há elementos suficientes para abertura de ação penal contra Bolsonaro e os demais acusados.

 

Caso a maioria aceite a denúncia apresentada pela PGR, todos passarão à condição de réus e responderão formalmente pelos crimes imputadosO relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, abrirá a sessão com a leitura do relatório.

Em seguida, será a vez da sustentação oral do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que decidiu participar pessoalmente da sessão – uma medida incomum nas turmas do Supremo.

Depois, os advogados de defesa dos oito denunciados terão espaço para apresentar seus argumentos antes da votação dos ministros.

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