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EUA capturam terceira embarcação em águas internacionais perto da Venezuela, diz agência
Se confirmada, essa seria a segunda interceptação realizada pelo governo Trump apenas neste fim de semana Ação ocorre poucos dias após anúncio de bloqueio total a petroleiros sancionados
Por CIDADE FM 91,1 Mhz - GRAJAÚ MA
Publicado em 21/12/2025 13:16
NOTÍCIA
São Paulo

Os Estados Unidos interceptaram mais uma embarcação em águas internacionais perto da costa da Venezuela neste domingo (21), de acordo com relatos de funcionários do governo de Donald Trump feitos à agência de notícias Reuters e à Bloomberg.

Se confirmada, essa seria a terceira vez nas últimas semanas que os EUA apreendem um petroleiro perto do país sul-americano, em meio a um forte aumento da presença militar americana na região, e a segunda vez apenas neste fim de semana.

No sábado (20), os EUA já haviam apreendido outro barco. Dias antes, Trump anunciou um "bloqueio total" a todos os petroleiros sancionados que entram ou saem da Venezuela, elevando ainda mais a pressão sob o regime de Nicolás Maduro.

Os funcionários, que falaram sob condição de anonimato, afirmaram à Bloomberg que petroleiro Bella 1, uma embarcação de bandeira panamenha sancionada pelos Estados Unidos, seguia para território venezuelano para carregar petróleo.

 

A Venezuela, que possui as maiores reservas de petróleo do mundo, tem uma economia dependente de exportações dessa commodity. Segundo especialistas, um bloqueio dos EUA contra exportações da Venezuela asfixiaria a economia venezuelana, aumentando ainda mais a pressão pela saída de Maduro.

A primeira vez que os EUA capturaram um petroleiro foi no dia 10 de dezembro. Naquela ocasião, Trump afirmou que os EUA haviam tomado "um navio muito grande por uma ótima razão". Questionado sobre o que aconteceria com o navio e sua carga de petróleo venezuelano, Trump respondeu: "Acho que vai ficar conosco".

 

O regime de Maduro classifica a ação dos EUA de irracional e "ameaça grotesca". No sábado, o regime denunciou e rejeitou "categoricamente o roubo e o sequestro de uma nova embarcação privada que transportava petróleo venezuelano, bem como o desaparecimento forçado de sua tripulação", crimes supostamente cometidos por militares americanos em águas internacionais.

A captura das embarcações amplia o cerco militar de Washington contra o regime de Maduro, considerado ilegítimo pelos EUA e contra o qual o republicano já ameaçou fazer bombardeios diretos e enviar tropas em meio a sua campanha de ataques a embarcações no Caribe —com um saldo de mais de cem mortes até aqui.

Na sexta (19), Trump afirmou em entrevista à emissora NBC News que não descarta a possibilidade de uma guerra contra a Venezuela. "Não descarto isso, não", disse o republicano em conversa por telefone. No dia anterior, oito aviões do Exército dos EUA sobrevoaram o litoral perto de Caracas, segundo o site de monitoramento Flightradar24. As aeronaves são modelos usados em guerra e para vigilância.

A nova operação de Trump rendeu críticas durante o a cúpulca do do Mercosul, neste sábado, em Foz do Iguaçu. O presidente Lula, que foi o primeiro dos líderes sul-americanos a discursar, afirmou que uma intervenção armada na Venezuela seria catastrófica e configuraria um precedente perigoso.

 

"Os limites do direito internacional estão sendo testados. Uma intervenção armada na Venezuela seria uma catástrofe humanitária para o hemisfério e um precedente perigoso para o mundo", disse Lula.

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