Os familiares contestam a versão de que o jovem teria uma faca nas mãos e teria atentado contra os agentes antes de ser morto.
A família do jovem Killian Patrick, morto a tiros pela Guarda Civil Municipal (GCM), no bairro do Caratatiua, em São Luís, realizou um protesto em frente à sede do órgão, no fim da tarde desta terça-feira (22).
Os familiares contestam a versão da Guarda Municipal de que o jovem teria uma faca nas mãos e teria atentado contra os agentes antes de ser morto.
disse Raissa Nascimento, irmã de Killian.
“Meu irmão não estava com faca nenhuma. Era uma tesoura de unha. E por isso, eles foram lá e mataram meu irmão”,
A mãe do jovem também falou sobre a perda do filho. “Foi uma situação muito triste. Apesar do problema que meu filho tinha, ele era um bom rapaz, todo mundo gostava dele”, pontuou.
Além de contestar a versão da Guarda Municipal, os familiares também pediram justiça pela morte de Killian. Com faixas e apitos, eles entoaram palavras de ordem e de protestos em frente à sede da Guarda Civil Municipal. Veja vídeo:
Semusc
Em nota divulgada ainda na segunda-feira, após o caso, a Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (Semusc), disse que Killian, portando uma faca, teria partido para cima da guarnição
Já na tarde desta terça-feira, o secretário da Semusc, delegado Marcos Afonso disse, em entrevista à TV Difusora, que de fato, o jovem estava portando uma tesoura de unha quando teria investido contra os agentes da GCM.
Marcos Afonso, afirmou, porém, que o guarda municipal que disparou contra Killian, agiu em legítima defesa, ao tentar evitar que o jovem agredisse outro agente.
Além disso, o secretário disse que o caso está sendo investigado internamente.
Marcos Afonso, secretário da Semusc
“O caso já está sendo apurado pela Polícia Civil e também pela nossa corregedoria. Segundo informações do agente, foi em legítima defesa. Se foi dessa forma, ele tem razão. Se não foi, ele vai responder pelo crime que cometeu”
O que diz a clínica?
Em nota, a clínica Estância Bela Vista informou que diante do ‘complexo quadro clínico apresentado e da gravidade do comportamento observado no momento’, foi solicitada a presença do Samu, Corpo e Bombeiros, Polícia Militar e Guarda Municipal.
Segundo a nota, o objetivo era garantir a segurança de todos os envolvidos, já que, de acordo com a clínica, o paciente se encontrava em surto e portava objetos que representavam risco iminente para si e para terceiros.
A Clínica Estância Bela Vista disse ainda que lamenta profundamente o ocorrido e manifestou seus sentimentos à família.
Além disso, a instituição afirmou que está prestando todo o apoio necessário aos familiares da vítima.
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